Na última segunda-feira foi confirmada a morte da estudante de Artes Visuais da UERJ, Matheusa Passareli. A jovem, desaparecida há uma semana, se definia como não-binária, isto é, que não se identifica nem como homem nem como mulher. A polícia declarou que ela foi assassinada e seu corpo provavelmente queimado em uma favela do Rio de Janeiro.
Matheusa tinha saído de uma festa na Zona Norte do Rio e chegou ao Morro 18 falando coisas desconexas e tirando a roupa. Lá passou por um "julgamento", no qual criminosos a ouviram e depois a executaram. Assim mesmo, pelo simples ato de matar. Tiraram a vida de uma militante LGBT, participante do projeto Jacaré Moda, que "busca mostrar ao mundo que a favela existe e, ao mesmo tempo, desafiar a indústria da moda e a onipresença de modelos brancas, altas e magras nas revistas e campanhas de moda como se essa fosse a única representação de beleza desejável e consumível", como descreve a proposta. Além disso ela estava à frente dos estudos sobre a "poética dos corpos estranhos", e postava suas descobertas no instagram @e2tr4anh4. Porém, acima de todo os talentos e habilidades, tiraram a vida de um ser humano.
Mas infelizmente não estamos falando de qualquer ser humano, estamos falando de uma minoria, que morre todos os dias vítima das justificativas mais intolerantes. Segundo o site HOMOFOBIA MATA, do Grupo Gay da Bahia (GGB), 126 crimes violentos foram praticados contra LGBTs no Brasil no período de 1 de janeiro até 10 de abril. É o preconceito tomando as rédeas no país que mais mata quem não se enquadra no padrão heteronormativo.
E é esse mesmo país, tão rico em diversidade, que pune o diferente e ainda sugere a cura gay, para que novos assassinatos sejam cometidos e os dados do suicídio aumentem. Em 2017, por exemplo, o GGB registrou a ocorrência de 58 suicídios de LGBTs no Brasil, sendo 33 gays, 15 lésbicas, 7 trans e 3 bissexuais.
Outra minoria que também teve sua vida interrompida foi Marielle Franco, vereadora do Psol executada dentro de um carro há cerca de dois meses. A morte dela, assim como a de Matheusa é de um caráter simbólico imensurável, pois representa vidas que muitas vezes são desvalorizadas. Até quando a minoria vai ser maioria apenas nos relatórios de violência? Representatividade importa sim, mas o que vemos todos os dias nos jornais é a representação da invisibilidade, estampada em dados que ilustram mortes e mais mortes. É o genocídio das minorias que se faz presente. Mas não podemos permitir.
Mas infelizmente não estamos falando de qualquer ser humano, estamos falando de uma minoria, que morre todos os dias vítima das justificativas mais intolerantes. Segundo o site HOMOFOBIA MATA, do Grupo Gay da Bahia (GGB), 126 crimes violentos foram praticados contra LGBTs no Brasil no período de 1 de janeiro até 10 de abril. É o preconceito tomando as rédeas no país que mais mata quem não se enquadra no padrão heteronormativo.
E é esse mesmo país, tão rico em diversidade, que pune o diferente e ainda sugere a cura gay, para que novos assassinatos sejam cometidos e os dados do suicídio aumentem. Em 2017, por exemplo, o GGB registrou a ocorrência de 58 suicídios de LGBTs no Brasil, sendo 33 gays, 15 lésbicas, 7 trans e 3 bissexuais.
Outra minoria que também teve sua vida interrompida foi Marielle Franco, vereadora do Psol executada dentro de um carro há cerca de dois meses. A morte dela, assim como a de Matheusa é de um caráter simbólico imensurável, pois representa vidas que muitas vezes são desvalorizadas. Até quando a minoria vai ser maioria apenas nos relatórios de violência? Representatividade importa sim, mas o que vemos todos os dias nos jornais é a representação da invisibilidade, estampada em dados que ilustram mortes e mais mortes. É o genocídio das minorias que se faz presente. Mas não podemos permitir.
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