Eu escrevo
palavras
Palavras
estas que guardam objetos, lugares, sentimentos
Que me
abduzem e me corrompem
Que me
estrangulam e me animam
Na verdade,
não sou ninguém
Sou um grito
E do meu
grito flutuam palavras
Nascem poemas
enquanto morrem pessoas
Talvez meu
riso histérico fale mais do que eu mesma
Porque eu não
digo o que sinto
Eu apenas
sou. E vivo
Não ouso me
descrever
Talvez uma ou
duas palavras digam algo sobre mim
Mas nenhuma
dirá o que nem eu mesma sei
Elas podem me
abraçar e dançar comigo
Elas podem
guardar muito, mas não me têm
Bárbara Amorim
Nenhum comentário:
Postar um comentário