Chorei
um rio de saudade
Me
afoguei
Perdi
o barco
Não
queria viver assim
Repleta
de um vazio tão cheio
Mas
me vale a ausência da vida
do
que a ferida estancada no peito
E
essa não morre nunca!
Insiste em me ruir
Já
até fiz meu testamento
E
assinei com lágrimas
Deixarei
a solidão de presente para os ingratos
que
me fizeram sofrer
Mas
o pior que tenho a dar
deixarei
para os poetas
Esses
que inventaram o amor
Bárbara Amorim
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