Olhar
pro nada da cidade
e
avistar casas, bares, pessoas
Saber
que dentro de cada teto há histórias
E
dentro de cada bar há uma conta não paga
Pessoas
são como fogos
que
às vezes se arrastam pelo chão embriagadas
O
que falta é razão
O
que sobra é ferida
Não
me insulte quando eu for
uma
daquelas que fecha o bar
Que
abre a torneira e lava o rosto
borrado
de maquiagem
Ainda
vou olhar pro nada da cidade
e
avistar tudo o que sempre vi
Dessa
vez como narradora-personagem
Vou
julgar menos
Bárbara Amorim
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