Pus uma gota de dor, outra de amor
e escrevi um poema
Tempestuoso, desequilibrado
Era o que tinha
O que tinha dentro de mim
Rimei uma ou duas frases
e com o resto não me importei
Ignorei a perfeição
Pois entendi a solidão dos versos
Meu poema não era festa
Nem sabia dançar
Mas era teimoso
E orgulhoso
Então com uma gota de dor e outra de amor
escrevi meu destino
Desencantado, atropelado
Não tinha rima
Bárbara Amorim
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