Uma estranha talvez soubesse lidar
Um viciado, talvez
Ou quem sabe uma mãe, corajosa
Mas eu não passo de uma...
Uma o quê?
Nem eu sei
Há partes de mim que são um segredo
E você poderia desvendar, cada linha
Se ousasse ficar além do corpo que te mantém em pé
Mas você não sabe ou não quer
Então dança feito criança na rua
Sem medo ou algum tipo de pudor
Pois sabe que ninguém jamais irá lhe parar
E o corpo é seu, e as regras também
Não peço que pare o seu musical
Muito menos o seu teatro
Só não quero ser fantoche
Nem peça de quebra-cabeça
A minha já dói muito
Enquanto você disfarça
Eu me desfaço
E perco o chão
O carnaval prossegue
Bárbara Amorim
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