De quantos dias preciso para fazer da dor um soneto de
alegria?
E dos olhos que saem lágrimas ver florir um sorriso
Qual o tempo que separa a vida do fim
e do fim faz a vida?
Me atrevo a pensar em silêncio
Como já não fazem mais por aí
Sinto o frio brotar
Mas eu não me afasto
Sou filha do vento que de tempo em tempo
me leva a diferentes solidões
Nenhuma pior das que invento com minhas escolhas
Nenhuma mais dolorosa
Estanco o veneno que em mim rasga o peito
E adormeço na espera
Silencio o hoje em busca do amanhã
Pois do presente já não tenho e não quero muito
Bárbara Amorim
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