No
início desse mês, gratas surpresas chegaram ao catálogo da Netflix. Uma delas é
o filme "Loja de unicórnios", estrelado e dirigido por Brie Larson, vencedora do Oscar pelo tocante "O quarto de Jack". O
original mescla fantasia com os dilemas da vida adulta, mas é sobretudo um
filme em que se busca a liberdade de sermos nós mesmos. É isso o que vamos ver
neste post, bora?
Primeiramente,
apresentamos a personagem principal, Kit. Ela é insegura, e diversas vezes
questiona a sua capacidade intelectual, o que piora ao descobrir que foi
rejeitada pela universidade de arte. Então decide provar para seus pais, e
talvez para si mesma que é adulta, o que em tese, significa ter maturidade.
Assim ela aceita trabalhar numa agência de relações públicas, mesmo sem gostar
do ambiente que exige roupas cinzas e formais. Muito mais lhe agrada o colorido
do arco-íris, que ela faz questão de usar no dia-a-dia.
Kit
renega toda a formalidade da vida adulta, e não consegue associar a felicidade
a essa fase, que lhe parece entediante. A personagem sempre foi muito
criativa, e na sua infância até tinha o Steve, um amigo imaginário, mais
precisamente, um unicórnio. Porém os anos passaram, ela cresceu, mas o espírito
de menina jamais morreu, e com isso a necessidade de ter um unicórnio de
verdade. Kit argumenta que todo mundo precisa de magia na vida, mesmo sendo
adulto. Sem dúvidas esta é uma grande lição deixada pelo original.
No que
simboliza a busca por não deixar a criança que há dentro da protagonista
morrer, ela começa a receber cartões de uma loja, na qual o dono é interpretado
por Samuel L. Jackson. Ele passa tarefas a Kit para que ela possa provar
que é merecedora de um unicórnio. Nesse processo, ela vai amadurecendo, e
conhecendo a si mesma.
O
filme, com ares fantasiosos, flui naturalmente, e acho que a maior mensagem
dele é que é possível crescer sem perder a inocência, sem perder o encanto que
a infância nos permite ter. É também um filme sobre perseguir os nossos
sonhos, mesmo quando todas as pessoas nos dizem que não somos capazes, ou que
nossos sonhos não são suficientemente válidos.
Além
disso, vale ressaltar a belíssima fotografia, com sua paleta de cores amarelada
e super colorida. Entretanto, técnicas à parte, "Loja de unicórnios" traz
uma manifestação artística genuinamente forte, pela liberdade de ser quem
somos, sem capa, mesmo com todas as privações que nos são impostas pelo caminho.
Agora me conta se você já viu o filme e qual a sua idade. Quero saber: ainda há criança em você?
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