A vida resolveu me ferir
Então fiz da poesia minha casa
Nela guardei panelas, olheiras e sentimentos
Montei minha rede e expus minhas lágrimas
Suave como o sol que inicia a manhã
A poesia me tateou como quem sente o céu em si mesmo
Viramos amigas, confidentes
E vez outra caçávamos borboletas
Era simples sorrir, tão simples
Que a dor não entrava na casa
Ao invés do peito amargo
Eu tinha cantigas dentro de mim
Meu verbo era único e solitário
Meu verbo era amar
E graças à poesia o tempo se abriu
Não lá fora, mas em mim
Bárbara Amorim
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