O ar que respiro é impuro
Impuro como petróleo no oceano
Impuro porque não tem você
E por isso a poluição desenfreada
Os dias passam e os efeitos se provam nocivos
Aos poucos nem tenho mais o ar
Que antes me entalava e me aproximava da morte
A cada vento um pouco mais
À minha volta tudo é seco
Tudo é galho e também espinho
Não há flores pelos cantos
Não há nada além da ausência
Da sua ausência
Respiro então entre uma esperança e outra
Entre um verso e outro
Que se aproxima do teu sotaque
Assim não morro
Mas deixo de existir gradativamente
Bárbara Amorim
Nenhum comentário:
Postar um comentário