Olá!
Tudo bem? Vamos falar de coisa boa? Em meio a tantas questões que merecem a
nossa atenção no cenário
político atual, algumas produções conseguem nos fazer
pensar de forma bastante especial e questionadora. É o caso da série
brasileira 3%, sucesso comparada à Jogos Vorazes e Black Mirror. A
terceira temporada estreou no início do mês passado na Netflix, e é
partir dela que eu venho te convidar a fazer uma reflexão: o que você
faria se estivesse no poder?
Na trama, a personagem Michele, interpretada
pela atriz Bianca Comparato,
passa a comandar um novo lugar. Descoberto por ela no fim da segunda temporada, a
Concha é uma alternativa à pobreza do Continente e todo o sistema meritocrático
por trás do Maralto. Entretanto, liderar esse novo lugar em uma sociedade
extremamente esgotada de tanta injustiça não se prova algo
fácil. Em uma entrevista, a protagonista citou a frase "com grandes
poderes vêm grandes responsabilidades" para definir a trajetória da
Michele nessa temporada. Ao chegar ao "cargo" de destaque similar
ao do ganancioso Ezequiel, ela tem também a difícil missão de comandar
uma verdadeira multidão de pessoas que só querem uma coisa: mudar de
vida.
Porém, nesse caminho, uma pergunta se faz necessária: até quando a Concha seria a
construção de algo novo e não apenas a velha política egoísta e sedenta por
poder? Quais os caminhos para o fim
da desigualdade social que assola boa parte da população na série e na vida
real? Pensando na vontade de mudança da Michele, mas tendo em vista que ela é
jovem e errante como qualquer um, quais as reais chances do seu plano de criar
um sistema totalmente oposto ao Maralto dar certo? Ela é a mocinha ou uma vilã
travestida de heroína? Acredito eu, que mais complexa que ambos. Afinal, somos todos
nós um pouco de múltiplas emoções.
Não,
eu não tenho a intenção de responder todas as minhas próprias indagações neste
texto. O que eu quero é propor o debate, pois talvez uma das grandes lições dessa terceira
temporada seja a de que a política é um espaço de construção diária, de
aprendizado, vitórias e derrotas. Quando existe a vontade genuína pela mudança, aquela que
se dá através do espírito e ação coletiva, é sinal de que é possível um novo mundo, mas isso não
ocorre de um dia para o outro. Então retomo à questão inicial deste post por
uma ótica um pouco diferente: o que você faz no seu lugar de poder enquanto cidadã/cidadão? Está
contribuindo para um novo lugar?
Comenta aqui o que você pensa ou o que achou desse post que eu vou adorar saber!
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