Da porta da minha casa
ouço a rua que me atravessa
Ruidosa e a voz do silêncio
Mil cores e opaca
De fato, guarda segredos
que as 24 horas não revelam
A rua tem mais passos que a nossa mente
mesmo quando vazia, traz histórias de gente
Pode ser triste ou alegre
Uma valsa ou uma dança solitária
Em seu mundo de concreto ou grama verde
A rua abraça e isola
Quem nunca se perdeu no cruzar de uma esquina
não entende seus obstáculos
Tropeços, vozes, apertos de todos os tipos
desenham as curvas da rua
Uma ida ao mercado ou à farmácia
Ao trabalho ou ao shopping
Somos corpos em movimento
E a rua é a avenida que a gente desfila
Bárbara Amorim
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