Sufocada de tanto desdém que abrigo em mim mesma
Me cerro, me aperto
Invoco os meus demônios
E prometo a eles lealdade
A frieza me congela
Tento ser casa
Viro apenas um abrigo qualquer
E nem eu me abrigo mais
Meus lábios inventam um sorriso
Mas os olhos não escondem a guerra travada no peito
Desenho forçadamente a farsa que me rodeia
Timidez, solidão, ansiedade, depressão
Já não sei a matéria que me faz
Não encaro mais verdades, se eu sou minha própria mentira
Bárbara Amorim
Nenhum comentário:
Postar um comentário