Você me conduz a memórias
Memórias que jamais esqueço
Apesar de me perder nas datas
Com os números não sou boa
Mas segundo os seus próprios elogios,
que já disse, eu amo
sou boa com as palavras
Você me desafia a escrever páginas de outono
e assim relembrar o tempo em que as folhas caíam
poeticamente bem na nossa frente
Acho que a chuva sempre foi nossa melhor roupagem
Por mais que corrêssemos dela, saíamos molhados
E depois, apreciávamos o silêncio
que se calava ainda mais diante dos nossos olhares
que trocavam uma mesma mensagem: me beija
E então nada mais era dito
Nem mesmo o silêncio
O mistério que envolve a espera pelo tocar dos lábios
já sorria feliz
Bárbara Amorim
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