Cansada demais pra ter forças pra dormir
Estacionada em alguma rota de mim mesma
Perambulando, sonolenta, tentando me descobrir
Onde não sei é onde me encontro
Às vezes acho que sou forte,
que posso aguentar o mundo
Não posso, pois ele pesa demais
Porém, forte sou por resistir aos meus demônios
Aguento firme os machucados
que quando já grandes, não suportam curativos
Entre tantas invenções do mundo moderno
faltou a anestesia para a vida adulta
Já é tarde
Preciso escapar de mim mais essa noite
Os gatilhos que me envenenam são músicas que me partem
Ouço goles de lágrimas
Engulo a dor que me melodia
Bárbara Amorim
Nenhum comentário:
Postar um comentário