Que eu não deveria sentir tanto
Mas desculpa, eu sou esse rio de emoções
Às vezes, nem eu caibo em mim
Tem sido difícil conjugar a palavra saudade
Porque ela aparece em todos os tempos presentes,
como quando você saiu pela porta da última vez
E eu me senti especialmente sozinha, sem você
Doeu, não vou mentir
Doeu porque eu queria mais de você
Queria poder adentrar no seu mundo
enlaçando as mãos, as pernas, e o que tivesse mais pra enlaçar
Queria descobrir a sua altura, que nem mesmo você sabe
E me colocar na sua vida, não em uma mala prestes a partir
Nosso tempo foi limitado como uma bomba configurada à explosão
Agora sinto falta do café que nunca tomaremos
Entre lamentos sangrentos, me pergunto: por quê?
Bárbara Amorim
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