Quem é você?
Por que deixamos de ser?
Perguntas sobre nós ecoam pela garganta
Em um ato de coragem tenho ouvido músicas
que me levam até você
Mas alguns, eu sei, chamariam de loucura
Talvez eu mesma chame em algum consciente calado
Você não sabe, mas essa noite foi turbulenta
Senti dores e me lembrei que assim como elas
também éramos profundas
Saudade veio e eu me salguei
Desanuviei o que guardava de mim mesma
Por muito pouco não te mandei mensagem
Mas temi o que isso significaria
Será que estamos prontas para a leveza?
Já não sou capaz de morrer novamente
Pois bem, pensei na morte
e na dor antecedente a ela devido a essa ausência de palavras
Éramos grito, hoje me pergunto se podemos nos chamar de suspiros
Bárbara Amorim
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